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Testemunho 1

Coração Acolhedor de Jesus dom do Pai Todo-Poderoso

GRETLE Maria-Rita epse Durand
Cotonou R. Bohns

Bom dia Micheline...

Cristo ressuscitou de verdade. Cristo está vivo.

Recebi prontamente a sua encomenda no dia 18 de Abril. Já havia chegado em 31 de Março, mas eu não tinha tido tempo de ir ao Correio. Mas, para minha grande surpresa, no dia 17 de Abril, em meu sonho, uma voz doce me disse: “Maria-Rita, tente ir amanhã ao Correio bem cedinho, antes de começar seu serviço.” No dia 18 de Abril, tendo acordado às 07h45min, dirigi-me ao Correio, abri minha caixa-postal e achei um papel no qual estava escrito que eu fosse até o guichê para receber um embrulho, cujo remetente era Santa Teresa.

Eu não havia entendido nada. Comecei a agradecer o Senhor, pois me sentia aliviada em todo meu sofrimento. Apressei-me até o guichê, onde o atendente me disse que eu deveria ir até o aeroporto. Apesar de ter uma reunião marcada às 9 horas no serviço, não hesitei. Decidi resolver essa pendência antes do trabalho.

No aeroporto, pude retirar seu bonito embrulho que trazia alguns cassetes, livretos do rosário e impressos do terço do Coração Acolhedor, junto a outras coisas (escapulários, imagens, etc.). Micheline, eu quero lhe agradecer muito. Depois de recebê-lo, no dia seguinte, dirigi-me à minha paróquia, em St-Jean. Na ausência do padre, fiz com que os dois vigários ficassem cientes de tudo, para que pudéssemos formar grupos de oração, e então fui até a capela do CMHU, na qual eu me encontrei com o capelão, de quem consegui o consentimento.

Procurei formar grupos para recitar o rosário do Coração Acolhedor. Alguns recitarão dezenas de terços às 5 horas e às 6 horas e às 13 horas, rezaremos o terço até o mês de Maio. Pude criar estes grupos antes de partir para a peregrinação de Fátima, de 10 a 15 de Maio de 2005. Estou atualmente na França, onde permanecerei até dia 04 de Junho. Uma amiga fará o meu trabalho até que eu volte.

Micheline, sem pedir a sua opinião, eu mandei reproduzir 500 cópias do rosário, para que possamos rezar bastante, assim como do 1º canto da gravação e tentei ensiná-lo para aqueles que oram conosco. Eu não contava com muito dinheiro.

Obrigada, Micheline.

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Testemunho 2

Coração Acolhedor de Jesus dom do Pai Todo-Poderoso

Québec, Canadá

 

Bom dia...

Este é um testemunho verídico sobre o Coração Acolhedor.

Em Junho de 2003, após uma reunião de orações, um amigo meu, Roger Lamontage, fez com que eu conhecesse o terço do Coração Acolhedor e eu decidi encomendar imagens do Coração Acolhedor e as doei aos meus amigos e conhecidos. Meu marido e eu sempre rezamos o Coração Acolhedor.

Em Abril, Bertrand (meu marido) foi operado de um tumor no sigmóide (parte do intestino). Tudo ia bem, mas, subitamente, sua saúde piorou e tivemos a certeza de que não lhe restava muito tempo de vida. Apesar de o médico nos ter garantido que tudo melhoraria dali em diante, nós sabíamos que era o começo do fim para o nosso amado Bertrand.

Um dia, na padaria, encontrei Alain Lévesque que já havia estado com Micheline Boisvert. Ele nos sugeriu que pedíssemos a Micheline que viesse até Bertrand e rezasse conosco o Coração Acolhedor. Consultei Bertrand e este, prontamente, aceitou a idéia. Mas para não agir à revelia da Igreja, antes de aceitar a vinda de Micheline Boisvert, falei com padre Ovila Melançon, que mora perto da capela St-Joseph. Este padre é um grande teólogo, reconhecido por Roma. A principal responsabilidade desse padre é a de verificar se as pessoas que se dizem portadoras de missões ou de revelações são ou não autênticas.

E eis a resposta do padre Melançon, aqui citada: “Mme Bourgoin, é um privilégio enviado por Deus, para a senhora e para o seu marido, receber a visita de Micheline. Esta é um Padre Pio dos anos 2000. Vocês não poderiam pedir uma graça maior ao Senhor”.

Micheline rezou conosco, e sua grande simplicidade e facilidade de rogar e de louvar o Senhor nos sensibilizou demais, a mim e a minha filha. Ficamos emocionadas ao reconhecer que Deus estava presente em nossa provação e ao perceber a maneira como Ele preparava Bertrand em seu coração, em sua alma. O Coração Acolhedor nos deu uma grande aceitação para a partida de Bertrand e até novas forças para mim e para ele, durante esses momentos de oração.

Nunca me esquecerei do alívio que recebi. Eu estava esgotada, no fim das minhas forças e então decidi me deitar de costas para Bertrand, enquanto Micheline rezava e cantava louvores ao Senhor e rogava para que o Coração Acolhedor, em sua grande bondade e misericórdia, recebesse Bertrand.

Nesse momento, o Coração Acolhedor tocou de verdade o coração de minha filha Suzanne, o de papai (Bertrand) e veio me tocar o meu íntimo. Senti que pude acompanhar meu Bertrand até as portas do paraíso.

Nunca havia compreendido de forma tão completa a beleza e a grandeza do sacramento do matrimônio como em seu leito de morte. Esses dois últimos meses de sua vida foram os momentos mais difíceis de nossa vida de casal (42 anos) e, ao mesmo tempo, os mais bonitos e carinhosos, os mais intensos. Quanta riqueza, quanta felicidade e, ao mesmo tempo, quantas lágrimas. Por saber que o ser amado está se preparando, por ajudá-lo a se preparar para a grande viagem, essa experiência foi demasiadamente enriquecedora.

Com a graça de Deus, a visita de todos os padres, de amigos cristãos, com o apoio de meus filhos e amigos, a dor da partida de Bertrand foi amenizada.

E o telefonema de minha amiga Marie-Claude Teninje, da França, veio reforçar ainda mais fortemente a credibilidade na visita de Micheline, o que ficou provado ser, claramente, um plano do Senhor. Marie-Claude não estava ciente da doença de Bertrand. Ela estava me telefonando apenas para dizer que Micheline estaria na França e que ela não poderia me visitar por causa de seu trabalho. Ela me perguntou: “Émile, você conhece a Micheline do Coração Acolhedor?” qual não foi a minha alegria, pois, nessa hora a campainha tocou e, ao ver Micheline, eu lhe estendi o aparelho e ela quis orar com Marie-Claude por uns quinze minutos.

Que maravilha para o Coração Acolhedor, duas tacadas de uma só vez... Pudera, pois no plano de Deus nada é impossível.

Obrigada ao Coração Acolhedor. Obrigada à Micheline Boisvert e a Alain que tão bem soube fazer rir a valer Bertrand, alguns dias antes de sua morte.

Unida em oração e reconhecimento,

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Testemunho 3

Coração Acolhedor de Jesus dom do Pai Todo-Poderoso

Congresso eucarístico em Guadalajara, de 10 a 17 de Outubro de 2004.

No Congresso eucarístico em Guadalajara havia de duzentas mil pessoas para mais. Micheline e seu grupo distribuíram trinta mil imagens contendo informações. O Senhor disse: Plantem a semente e Eu abrirei seus corações.

Denise Giocondese
Québec, Canadá.

Guadalajara, Terra de fé...

Eis que chegamos ao nosso destino: Guadalajara, por volta das 14 horas. Era domingo e o sol veio em nosso encontro. Éramos cinco pessoas imersas em bagagens alinhadas na calçada, à espera de entrar em um táxi e no carro de amigos mexicanos que nos aguardava. Ainda não sabia direito o que é que eu estava fazendo ali. Sabia que Micheline tinha a intenção de distribuir as cinco malas de imagens do Coração Acolhedor que nos acompanhavam. Quando, como, onde? Logo ficaríamos sabendo.

Após um dia de repouso, o pequeno grupo se organizou sob as diretrizes de Micheline que sabia o que estava fazendo. Aliás, Micheline me surpreenderia constantemente, em todo o tempo em que eu estivesse por perto. Pela manhã, exaurida, à noite, com uma energia de leão, e vice-versa. Saímos na segunda à noite e fomos para a basílica de Guadalajara para distribuir as imagens na saída da missa. Havia uma multidão. E lá fomos nós, as cinco espalhadas pelos diversos cantos. Micheline nos encabeçava e, no meio da multidão, distribuía rapidamente as suas imagens. Ela os abordava com toda a sua vitalidade, atingia o coração das pessoas gritando um “Deus os abençoe”, as únicas palavras que ela conhecia em espanhol.

Quanto a mim, nunca havia feito nada parecido antes e havia decidido me manter à distância. Mas foi tão fácil. Comecei a estender as imagens do Coração de Jesus à minha direita e à minha esquerda. Ninguém as recusava, ao contrário, quando a multidão aumentava, as mãos se estendiam umas sobre as outras: as pequeninas mãos das crianças, as mãos cheias de calosidades dos trabalhadores, as mãos bem cuidadas dos burocratas, etc. Ninguém se negava esta imagem. Na verdade, me foi atribuída uma imagem emocionante e posso contar nos dedos de uma mão as pessoas que deram as costas para ela.

No final da noite, um senhor se aproximou de nós. Ele trazia a imagem em suas mãos, acabara de lê-la. Desejava mais uma para sua esposa.

Em duas outras ocasiões seria subjugada pela fé dos mexicanos. As imagens saíam tão depressa que eu não tinha tempo de ver as feições dessas mãos estendidas. Conseguíamos, às vezes, falar com algumas pessoas. A meiga senhora dona Marcela nos entregou um punhado de terços confeccionados por ela e já abençoados pelas promessas. Micheline lhe perguntou se ela poderia confeccionar para nós uma quantidade significativa. Ela aceitou de bom grado. Na véspera da nossa partida, ela veio nos mostrar como fabricá-los. Micheline se desmanchou em reconhecimento. É evidente que um elo duradouro se criou entre esta criatura maravilhosa e o Coração Acolhedor de Jesus.

O que dizer sobre o pequeno grupo de pessoas que eu pouco conheci? Louise, a missionária, costumava parar as pessoas nas ruas, os jovens, os menos jovens, inclusive os motoristas nos volantes dos carros que estavam parados. Aquela que nada falava em espanhol, mas que, com sucesso, conseguia se comunicar através da imagem, que estendia aos pedestres e trazia o rosto iluminado por uma expressão apaixonada. Isabelle, hábil em fazer novos contatos, já conhecia as pessoas em Guadalajara que nos ajudaram enormemente, e seu coração de mãe se preocupava sempre em nos alimentar bem, ao longo da semana. Graças a ela, estivemos com o arcebispo de Trujillo (Peru), com monsenhor Miguel Cabrejos Vidarte O.F.M. Ela não hesitou em abordá-lo quando estávamos no aeroporto, por ocasião de nossa volta. Como são agradáveis as lembranças que temos do momento em que Micheline lhe pediu que ele nos abençoasse e da oração que ele fez, com as mãos sobre sua cabeça.

O que dizer do único homem que nos acompanhava? Seu bom humor e sua confiança na vida faziam dele o nosso ponto de reunião. Sempre prevenido e com o riso fácil, este crente verdadeiro foi um instrumento físico de ajuda material para carregar nossas bagagens e acertar nossos horários. Freqüentemente consultado, conseguia solução para todos os problemas. Enfim, tenho que enfatizar, principalmente, a chegada, alguns dias após a nossa, de Valérie. Micheline já havia nos avisado a respeito da grandeza de alma desta pessoa e do fogo sagrado que a habitava. Tendo chegado de Londres na quarta-feira à noite, após umas 16 horas de viagem, nós a vimos partir para a conquista de Guadalajara e de suas almas, já pela manhã do dia seguinte, levando atrás de si uma valise cheia até as tampas de imagens do coração acolhedor de Jesus e de impressos. Alguns dias mais tarde, as narrativas de seu encontro com o Coração Acolhedor de Jesus e do milagre que viveu um membro de sua família nos emocionaram até as lágrimas. Valérie, eu entendo, agora, que não existem distâncias. Nós a sentimos juntinho de nós.

Sim, com efeito, foi uma bela viagem e uma experiência inesquecível. Meu Deus! Eu trago comigo essa lembrança maravilhosa, da qual jamais quero me esquecer.

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Testemunho 4

Coração Acolhedor de Jesus dom do Pai Todo-Poderoso

Padre Augustin TOMBE
Bélgica

Micheline Boisvert: Nosso encontro e nossa verdade

Testemunho do padre Augustin Tombe
(Padre congolês que vive na Bélgica)

Este modesto testemunho não é de um especialista sobre a vida desta criatura do Senhor que vive no Canadá nem também um ponto derradeiro da experiência espiritual que continua evoluindo.

Também não pertence ao quadro de pesquisas efetuadas por um psicólogo, um médico, um sociólogo, um cônego ou um teólogo atraído pelo assunto, mas como indica o título: “É o fruto de um encontro e de uma verdade que se estende há quase três anos”. É o reflexo de um espaço dividido, de aprofundamento e amadurecimento no ponto de intersecção entre a sua vida humana e a sua experiência espiritual./p>

1. Sobre o nosso encontro.

Nunca a havia visto ou conhecido, nem jamais havia ouvido falar dela, da revelação da mensagem do Coração Acolhedor de Jesus – dom do Pai Todo-Poderoso ou do mistério da “Paixão” que ela vive no decorrer da celebração eucarística e de outros momentos intensos de oração pessoal. Nossos caminhos se cruzaram em março de 2001, na comunidade de Saint Jean em Bameux, na Bélgica. Eu havia sido convidado, de última hora e para minha surpresa, para uma celebração eucarística no decorrer da qual ela deveria dar seu testemunho, rezar o terço do “Coração Acolhedor” e, se possível, passar no final da missa uma “mensagem dos Céus”./p>

Então, o Senhor nos deu sua permissão e ofereceu-nos um espaço de oração, de co-participação, de amadurecimento, tanto em sua experiência espiritual como em minha vida de padre. Durante três anos, ela constituiu e constitui, para mim e para minha experiência cristã e sacerdotal, uma espécie de “lábios” e “ouvidos” do Senhor.

Por escrito, por telefone e por meio da leitura dos dois volumes de mensagens recebidas por ela, pude extrair uma “riqueza” e um “tesouro” espirituais que trouxeram um excedente à minha caminhada.

De memória, assim como no encontro de Bameux, tive vigorosos momentos de oração e de acompanhamento, a saber:

  • - Paris (Junho de 2002)
  • - Bélgica (Junho de 2002)
  • - Orléans-França (Julho de 2002)
  • - Bélgica (Junho de 2003)
  • - Longuyon-França (Junho de 2003)

 

Sobre a intensidade da vida espiritual, recomendamos com certeza a leitura meditativa dos dois volumes de mensagens recebidos por Micheline Boisvert sobre “o Coração Acolhedor de Jesus dom do Pai Todo-Poderoso”.

Sobre a nossa experiência.

Neste exato momento, uma pequena palavra sobre a sua vida humana, seus traços de temperamento. Em suma, sobre “Micheline” em sua experiência vivida no dia a dia significa no grande dia.

Bameux e Beauraing: dois lugares históricos da Bélgica sobre as aparições da Virgem que se tornaram símbolos de inúmeras peregrinações.

1 - Micheline é uma vida.

Com cinqüenta anos, ela vive sozinha e totalmente devotada ao Senhor, a seu dispor e a serviço de seus irmãos e irmãs em Cristo, aonde quer que eles estejam. Ela vive numa inteira consagração à Santíssima Trindade, à santa Virgem Maria e, por meio de sua disponibilidade para o Senhor, de suas preces intensas e de sua fé, para contribuir para a chegada do Reino de Deus ao nosso mundo tão preso pelos mais diferentes sofrimentos de todas as origens.

2 - Micheline é uma alma apaixonada pela humanidade.

Apesar de ela possuir um passado marcado por ferimentos, tanto no que se refere à família quanto às intempéries de sua vida, e praticamente salva de uma morte causada por uma crise aguda de esclerose em placas, é uma “alma compartilhante”, que não apenas carrega os sofrimentos dos outros como também vive seus sofrimentos no dia a dia. Privada comumente do seu sono, ela passa todo tempo aos pés da cruz de Jesus. É ao mesmo tempo uma “advogada incansável” e uma “sentinela” da cruz e aos pés da mesma. Ela confina em sua vida e em suas meditações o sentido e as causas do sofrimento das pessoas, a intensidade do mal no mundo e se dirige continuamente ao Senhor com preocupação, ardor e súplicas.

3 - Micheline é um “coração que roga”.

Como já foi dito, a oração é uma “escola” e estar diante do seu Senhor, “uma profissão” que exalta tanto as interpelações contidas na mensagem que ela recebe como também a sua presença constante. Esses dias são pontuados de momentos de meditação, de oração, de veneração da cruz, de orações pessoais com inúmeras intenções pela humanidade e para a humanidade, da importância da Paixão nos momentos de elevação espiritual, de leituras da Bíblia, de participação eucarística e de inúmeras peregrinações (Bameux, Beauraing, Lourdes, Medjugorje e outros). É preciso observar também os diversos encontros de orações nas igrejas, principalmente na Europa ou em outros espaços organizados para a ocasião.

4 - Micheline é uma “alma humilde e pobre”

Assim como aqueles que a conheceram e com ela se encontraram, Micheline tem uma alma humilde, cuja única ambição e preocupação são a de se anular diante da “Santíssima Trindade”, da “figura da Virgem Maria” e de outros seres celestiais. Ela se empenha em “deixar de falar em seu lugar” a vontade divina sobre o mundo e em servir de condutora, tanto antes como no instante em que se dá, por onde o Senhor transitar para se fazer escutar. Seu principal intento é viver o “pacto de união” com seu Senhor. Assim como são Paulo diria: “Viver, para ela, seria viver com o Senhor e para o Senhor”. (Ga 2, 20)

Assim como aqueles que a conheceram e com ela se encontraram, Micheline tem uma alma humilde, cuja única ambição e preocupação são a de se anular diante da “Santíssima Trindade”, da “figura da Virgem Maria” e de outros seres celestiais. Ela se empenha em “deixar de falar em seu lugar” a vontade divina sobre o mundo e em servir de condutora, tanto antes como no instante em que se dá, por onde o Senhor transitar para se fazer escutar. Seu principal intento é viver o “pacto de união” com seu Senhor. Assim como são Paulo diria: “Viver, para ela, seria viver com o Senhor e para o Senhor”. (Ga 2, 20)

Como uma alma “pobre”, ela vive essa simplicidade espiritual no sentido de querer abstrair de sua vida tudo que a remeta ao orgulho, indiferença, maldade, maledicência, inveja e outros pecados.

No plano material, sua condição de vida demonstra tudo. Sem possuir casa ou apartamento, sem nenhuma conta de banco abastada ou mantida, procura realizar a ordem dada pelo Senhor: “Primeiro o Senhor e seu Reino” (Mat 6, 25-34). As viagens de oração, testemunhos e peregrinações estão a cargo de algumas pessoas generosas que foram tocadas pelo Senhor através das mensagens do Coração Acolhedor. Essas pessoas benevolentes e benfeitoras se ocupam de toda a organização, a saber: o translado, a estadia, a diária e outros.

Para seu conhecimento, são milhares de quilômetros de estradas, sem contar o tempo de sofrimento e de submissão aos caprichos da natureza (calor, exaustão, abafamento...).

Em suma, ela vive em total desconexão e completo desnudamento do ponto de vista material... Seus lábios seguem dizendo: “Somente o Senhor tem o poder.”

5 - Micheline é toda ouvidos, atenta e discreta.

É dotada de uma capacidade de escutar e possui o talento da discrição. Ela possui tempo, usa o tempo ou cria um tempo para se colocar à disposição dos outros. Tanto por telefone como pessoalmente, se oferece aos outros e tenta, em seu espírito, carregar e dividir os problemas de seus interlocutores, masculinos e femininos.

Como já mencionado, ela faz uma série de anotações e de intenções para dizer ao Senhor. Daí o peso do sofrimento que ela experimenta e vive durante a eucaristia ou nos momentos de oração particular.

Em tudo o que recebe e escuta, ela é apenas um instrumento do Senhor ou ao falar com os padres – como servidores do Senhor – para formarem, juntos, uma “corrente”, uma “rede de orações” para que somente o Senhor possa agir no coração e na vida das pessoas que precisam de sua ajuda.

Esse pequeno quadro não é suficiente para espelhar a vida de Micheline e sua experiência espiritual. É apenas um modesto testemunho de um padre que o Senhor colocou nas empreitadas de sua vida. Ela não é uma santa, mas vive uma “dominação” do Senhor, um “pacto”, uma “aliança” que requerem um enorme sustentáculo espiritual mediante orações e uma disciplina particular de ferro. É uma “alma” elevada pelo Senhor, uma “alma” em busca do Senhor. Apontada como “canal” e como “instrumento”, ela vive uma “devoção”, um “abandono ao Senhor” e traz consigo uma “bandeira” da causa do “Cristo” e da “humanidade” por meio da revelação do mistério do Coração Acolhedor de Jesus: Dom do Pai Todo-Poderoso.

Que as nossas preces e a nossa fé a acompanhem.

Apresentação e testemunho do carisma de Micheline Boisver pelo padre Tombe

Por meio destas modestas linhas, a minha preocupação não consiste em livrar de uma censura canônica, ou sequer pretende elaborar uma doutrina teológica sobre o mistério que vive Micheline, a saber, “os sofrimentos da paixão de Jesus durante o sacrifício eucarístico”.

Sobre esse assunto, pelas mais simples informações, qualquer leitor pode se informar nos dois primeiros volumes intitulados “o Coração Acolhedor de Jesus, dom de Deus Pai Todo-Poderoso”, mensagens recebidas por Micheline Boisvert e também o no 379 do impresso de informações religiosas “Stella Maris” (cf artigo de Christian Parmantier).

De nossa parte, limitamo-nos a deixar um testemunho sob dois ângulos: como cristão e como padre.

1. Como cristão

Criado à imagem e semelhança de Deus (Gen 2, 27), é um dever humano e uma exigência da fé que cada um se conforme com o modelo de origem que é a vida de Deus.

Consultar Deus, procurar por Deus, buscar a sua Palavra, experimentar a doçura de Deus, viver Nele, por Ele, com Ele e para Ele, predispõe cada ser humano em geral, e cada cristão em particular, a beneficiar o inesperado e o extraordinário de Deus que consiste no milagre e na maravilha.

Tendo passado por uma infância tempestiva e triste, salva no último momento da morte devido à esclerose em placas, Micheline viu seu pequeno grão de fé se explodir em uma aliança e um pacto com Deus.

Então, gritou do mais fundo de seu ser: Senhor, se me deixares viver, eu trabalharei para Ti e poderei cuidar do meu filho.

Depois, alinhou a sua vontade à do Senhor, transformando a sua vida num ponto de encontro entre Deus e a humanidade.

Nada é impossível para Deus. (Luc 1,37)

Deus é acessível a qualquer um que Nele creia com firmeza e que se abandone totalmente à Sua vontade. Micheline foi premiada com esse ato inesperado de Deus.

2. Como padre

Nossos caminhos se cruzaram, o meu e o de Micheline em Setembro de 2001, na comunidade de Sait-Jean, em Bameaux, esse lugar da aparição Nossa Senhora dos pobres em Liège, na Bélgica, onde eu havia sido convidado para rezar uma missa, na época.

Depois, uma cortina de mudanças se abriu e outros momentos de oração se multiplicaram, principalmente:

Em 1º de Junho de 2002, em Pais Saint-Denis;

Em 02 de Junho de 2002, na região de Charlesroi, sob convite da A.S.B.L., os filhos de Notre-Dame;

Em 03 de Julho de 2002 na Capela Sait-Mesmin, em Orléans, após sua viagem espiritual pela Europa.

Em Micheline, pude ver os indícios do seu coração simples (Sab 1,1) que busca Deus (Det 4,29), um espírito humilde e pobre (So 2,3), uma alma fresca e um espírito submisso (Dan 3,39) encarregado de alcançar Cristo e de servi-Lo (Sal 68,33)

Canadense de Quebec, Micheline não possui um falar corrente e fácil, nem uma formação teológica aprofundada, mas é claramente constatável uma coerência e profundidade teológicas, sobre os principais e mais caros temas para nossa Igreja católica, por meio de seu ensinamento e testemunho, a saber:

 

  • Sobre a Eucaristia
  • Sobre a penitência e reabilitação
  • Sobre a graça e a misericórdia de Deus
  • Sobre a conversão e a renovação espiritual
  • Sobre a Virgem Maria
  • Sobre o Amor e o Poder de Deus em Jesus
  • Sobre a libertação e a cura

 

O mais admirável é que ela não lê nem evoca pela memória. Os lábios autorizados e os espíritos habituais às manifestações do Espírito Santo, e tendo tido uma experiência com ela, tudo constata uma “experiência divina”.

Compreendemos este testemunho da irmã Margot, “sua mãe espiritual”: Na universidade do Pai, com a Virgem Maria como educadora, Micheline viveu, e nós com ela, uma formação espiritual e carismática muito intensa. (cf Stella Maris no 379, o testemunho da irmã Margot p. 3).

Outro fato marcante: Micheline, no decorrer do sacrifício eucarístico, vive a graça da Paixão, um sofrimento intenso que diminui no momento em que ela comunica e termina em repouso no espírito e, se possível, com uma mensagem celestial dada pela Virgem Maria. Ela vive um duplo carisma da presença de Jesus e das lágrimas libertadoras que imploram o perdão e a misericórdia de Deus para tantos pecados e pecadores e absorvendo, ao mesmo tempo, em quantidade, o Amor divino e sua Luz.

Conclusão:

Diante da amplidão do mal reinante no mundo que faz pensar na decadência de uma humanidade sem Deus, o profeta Osaías nos lembra: É tempo de buscar Deus (Os 10,12) e o profeta Amos faz disso uma condição de sobrevivência:

Busquem Deus e sobreviverão (Amos 5,4)

Ao buscá-lo de todo coração (Det 5,4), Micheline é uma dessas almas que buscam Deus e continuam a buscá-lo, e eis aí, a meu ver, o grande milagre da sua vida e o resto vem como conseqüência (Mat 6,38).

Deus que é bom para a alma que O busca (Lamentações 3,25) se deixa achar (Jer 29,14) e “os humildes, os que buscam o Senhor jubilam” (Sal 69,33).

Micheline, como tantos outros que se alegram na presença de Deus, precisa de nossas orações para consolidar este milagre de Deus.

Association Coeur d'Accueil de Jésus

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