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Testemunho 5

Coração Acolhedor de Jesus dom do Pai Todo-Poderoso

Monique D. M.
França

Meu testemunho sobre a viagem do Coração Acolhedor feita
com Micheline Boisvert, de 5 de Junho a 14 de Julho de 2003

Senhor vem em meu auxílio
Ó Deus apressa-te em me socorrer!
Bendito seja aquele que vem em Nome do Senhor.

Uma vez vividas todas as etapas do caminho de volta em minha vida, após este mês e meio de evangelização e colhidos os frutos por entre os meus, desta “graça turbinada” do Coração Acolhedor de louvor e de oração, finalmente decidi deixar escrito o meu testemunho, a minha impressão sobre esta experiência única, a meu ver.

Atrevo-me a escrever as palavras que seguem abaixo porque, pela misericórdia insondável de Deus nosso Pai e Salvador em Espírito, eu recebi em profusão a poderosa obra da redenção em Jesus Cristo, por seu sangue e pela “possibilidade total” que nos é oferecida em seu Coração Acolhedor, que tudo acolhe na sua humanidade, pela vontade divina do amor de seu Pai todo-poderoso para com os homens. É desta maneira que o Coração Acolhedor se ajusta pelo Espírito Santo ao nosso coração humano machucado.

Não é o caso de dar o meu testemunho pessoal dessas graças após o meu encontro com o Coração Acolhedor, mas de partilhar com vocês aquilo que me foi dado a contemplar e a compreender, arriscando-me a todos surpreender.

A graça que nos é oferecida pelo Coração Acolhedor de Jesus dom do Pai todo-poderoso é uma graça eucarística que renova a transparência de nosso olhar e a nossa participação no santo sacrifício da missa, única porta de entrada para a nossa redenção pelo sangue de Cristo.

- Para renovar nossa fé e nosso acolhimento deste presente do Pai por meio do seu Filho no poder do Espírito.

- Mas também, para que o mundo e os povos cristãos desta nossa época possam conhecer a missão profética de Micheline Boisvert.

- Em seu ministério de testemunho da Paixão de Cristo pela sua união mística aos seus sofrimentos de amor no santo sacrifício, Hóstia viva junto ao Cordeiro.

- Em seu ministério de intervenção “perdão e misericórdia” feito com tantas lágrimas e súplicas, que chegam a constranger alguns, feito com tanto sofrimento de amor/de falta de Deus, intensa necessidade de comunicação e de união. Esse ministério que se encontra nas palavras de Cristo na Cruz: “Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem”. (Luc 23,34). “Tenho sede” (Joã 19,28) de almas “daqueles que Tu me destes, pois eles pertencem a Ti e tudo o que for meu Te pertence e Eu estou glorificado neles”. (Joã 17,9-10)

Como também:
“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?” (Mar 15,34; Mat 27,26) e ainda:
“Jesus, lembra-te de mim quando vieres de teu reino” (Luc 24,42).
 

Por tudo isso, reconheço que a senhora Micheline Boisvert também é “algo maior” sob forma humana, para cada um de nós. Mas, acima de tudo, ela representa cada um de nós que suplica e suplicará com o coração “restaurado” pelo o Espírito, repetindo “perdão e misericórdia” no momento das purificações do final destes tempos das trevas, diante do Rosto de Deus, do santo sacrifício do “Cordeiro de misericórdia”, mediador único da salvação para o ingresso na plenitude de Amor do Pai. O Pentecostes de amor que levará imediatamente à vitória os corações abertos para esta graça; a civilização de amor chamada e anunciada por nosso santo Papa João Paulo II.

E foi dada a partida!

É por isso que nossa Mamãe do Céu, a Virgem Maria de nosso Salvador, Esposa do Espírito, pediu ao Pai todas essas coisas, o poder do acolhimento do Coração de seu Filho Jesus para ser oferecido aos seus filhos perdidos deste terceiro milênio em que entramos, a fim de o Pai de todas as graças pudesse derramar sobre nós o seu poder de amor puro, de libertação, de livramento, de perdão e de justiça, restabelecendo a sua Ordem Divina em cada um de nós, até o âmago, na natureza, em nossas sociedades e relações humanas, pois Ele tudo criou e pode tudo recriar.

Fui testemunha, no decorrer desta viagem, através da oração dia e noite, do “milagre da graça” diária que o Senhor realizou para todos nós, a fim de nos apoiar em nossa fragilidade, por vezes excessiva para Micheline ou para nosso guia, nos momentos de adversidade, nas situações difíceis, na hora de conquistar as pessoas, no cansaço, no calor e em todas as nossas dificuldades.

A graça do Coração Acolhedor abrange os pobres, os pequeninos, os impotentes, os perdidos.

Micheline Boisvert é uma dessas escolhidas pelo Senhor para toda eternidade e renascida - Como suas fraquezas se assemelham às nossas. Ao viver essa graça e para sua missão, pode-se compreender que este presente – se lhe tomarmos a medida ontológica e teológica – só pode ser liberado e recebido com um desnudamento pessoal, semelhante à gruta de Belém e à pobreza de espírito no qual desce a Luz do mundo, Jesus em sua graça.

Repleto de Fogo, sobre os que caminham na noite
Tu vieste para mostrar o caminho até Deus
E o teu Calvário abriu os Céus
Ó vem, Senhor Jesus! Presença viva de teu Pai;
Que nós cantemos por teu retorno:
Bendito seja em nome do Senhor
Aquele que vem salvar seu povo.

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Testemunho 6

Coração Acolhedor de Jesus dom do Pai Todo-Poderoso

DARY, Bernadette
França

Em uma loja, fiquei sabendo que uma mística canadense, ligada à eucaristia, iria fazer uma viagem pela França para testemunhar o que ela vivia como Senhor. Dei um telefonema para Madame Guitard, organizadora da viagem, para me informar um pouco mais sobre esta visita, e ela me contou que Micheline Boisvert chegaria dali a dois dias e que ela estava bastante aborrecida por não ter um ponto de apoio em Paris ou mesmo nessa região para poder acolher Micheline. Então, me dispus a acolhê-la em minha casa.

Percebi o quanto havia sido impulsiva. Eu não havia programado nada disso...

Então, contei a muitas pessoas, que desejavam encontrar-se com Micheline Boivert, sobre esse encontro.

Nós pouco sabíamos a respeito dela, apenas que ela vivia a eucaristia em completa união com Jesus. Havíamos lido o primeiro livro de mensagens que ela recebera de Jesus e de Maria. Essas mensagens nos haviam parecido perfeitamente factíveis e dignas de credibilidade.

Reunimo-nos em casa; Micheline não podia ir à igreja para assistir à missa, pois o que ela vivia era “chamativo” demais. E isso só poderia acontecer mediante a aprovação dos curadores. Então, perguntamos a um conhecido de amigos nossos, o padre Chadaigne, se ele gostaria de celebrar uma missa em minha casa. Ele aceitou, sabendo o motivo desse pedido.

Tivemos, assim, a primeira missa com esse padre e com a presença de alguns amigos.

Nós vivemos momentos de grande fervor e recolhimento, muito emocionados, pois Micheline estava na missa. Estávamos sensibilizados e isso certamente nos ajudou a perceber a efetiva presença de Jesus.

Durante toda a missa, Micheline pedia “perdão e misericórdia”, e víamos perfeitamente que ela estava num estado de sofrimento atroz. Ela chorava e gemia, seu semblante estava deformado pela dor que sentia.

Após a consagração, o padre celebrante lhe deu a comunhão e com a rapidez de um raio ela caiu ao chão, em êxtase. Então, uma grande paz pareceu invadi-la por inteiro. Seu rosto brilhava de luz e paz. Instantes depois, a Virgem Maria falou através dos seus lábios, e deu uma mensagem que podemos encontrar no livro 03, datada de 10 de Março de 2001. Essa mensagem foi especialmente endereçada ao padre Chadaigne.

Alguns dados dessa mensagem me impressionaram, pois eu era a única a conhecer de verdade esse padre e Micheline jamais havia se encontrado com ele. A Vigem Maria falava a alguém que ela conhecia...

No dia seguinte, Micheline entrou em contato com o padre Laurentin, que quis encontrar-se com ela. Fomos buscá-lo e ele veio até minha casa. Também ele celebrou uma missa na presença de Micheline e de algumas pessoas. Uma segunda mensagem foi dada pela Virgem Maria, ao final desta.

Padre Laurentin entrevistou Micheline durante um longo tempo, separadamente, e o assunto foi muito bem desenvolvido na opinião dos dois protagonistas.

Padre Laurentin nos afirmou que estava diante de uma verdadeira mística e que não havíamos errado em tê-la acolhido entre nós.

Ele nos fez saber que não poderia dar seu testemunho desse encontro, pois deveria ser obediente aos seus superiores que lhe haviam dito que não participasse de encontros de aparições e manifestações desse tipo... Ele havia vindo por sua própria conta. E isso gerou o efeito de um aval à ajuda que devíamos dar a Micheline, na divulgação das mensagens e da sua missão para testemunhar a presença real de Jesus na Eucaristia.

Oramos juntos, o terço do Coração Acolhedor de Jesus e vivemos momentos de grande irmandade e ternura, nos quais o amor de Deus nos unia de verdade.

Mas, todos os que são sensatos devem compreender que, se isso era uma obra de Deus (e eu acredito que sim), então o maligno não estaria muito longe...

Portanto, tivemos que por momentos de grandes batalhas, sofrendo até mesmo uma espécie de perseguição. Algumas pessoas, ao saber dessa visita de Micheline, se apressaram em procurar testemunhos, no Canadá, para saber o que era dito de Micheline por lá e, principalmente, para obter informações por pessoas que eram hostis a Micheline. Isso chegou a um ponto tal que me senti obrigada a recuar, pelo bem de todos e de cada um. Micheline havia partido para sua viagem pela França e pela Suíça e deveria retornar para minha casa, antes de partir para o Canadá. Fiz com que ela soubesse que eu não mais poderia recebê-la. Eu não tinha outra alternativa, pois estava sendo atacada de todos os lados e me vi sem saber o que deveria fazer, pensar ou dizer...

Posso, no entanto, testemunhar que a passagem de Micheline por minha casa foi uma fonte de combates terríveis sem dúvida, mas também, foi uma fonte de libertação e de redenção.

Micheline recebeu um dom de sentir o sofrimento das almas. E, numa noite em casa, vivemos um momento surpreendente.

Meu filho e sua esposa estavam se separando, com ocorrência de grandes brigas, cuja violência era inusitada. Ele queria matá-la, pois ela o havia enganado. Ele havia marcado um encontro com ela em casa, e estava como um louco. Estava irreconhecível. O diabo o habitava. Ele berrava, apertava as mãos em torno de seu pescoço: queria estrangulá-la. Micheline e alguns amigos presentes oraram e ele acabou se acalmando. Micheline caiu no chão, como se o diabo tivesse adentrado a casa para matá-la. Vi que ela viveu toda a tormenta desses dois jovens.

Depois desse encontro, as coisas foram melhorando progressivamente. Meu filho aceitou fazer um tratamento, aceitou vir em peregrinação e seguiu a terapia da comunhão durante a qual ele descobriu a força do perdão e o amor de Deus.

Hoje, após mais de dois anos, o casal vive novamente junto e tiveram um menininho. Nem tudo está, ainda, perfeito, mas o Senhor e a Virgem Maria olham pelos dois.

Nos relacionamentos em que a minha liberdade estava sendo atacada, o Senhor veio colocar uma ordem. Relações que se diziam amigáveis eram cheias de dominação e, na minha ignorância, eu estava influenciada e minha liberdade, ameaçada.

O Senhor me libertou de tudo isso e purificou os meus relacionamentos. Paguei com muito sofrimento e isso serviu para que eu percebesse o quanto eu precisava ser curada.

Participei de duas reuniões cristãs e pude entender que eu vinha carregando fardos que não me pertenciam e culpas que me envenenavam a vida, já há um longo, longo tempo.

O Senhor me libertou e me purificou.

Durante dois anos, eu tive a sensação de estar num deserto, sob todos os aspectos: morais, psicológicos, materiais e espirituais. Senti-me muito isolada, sem comprometimento com coisa alguma. Mas compreendi que o Senhor tomava conta de mim, pois Ele havia falado ao meu coração e me dado o desejo de sanar todos os meus males.

Todas essas experiências de cura são peculiares à passagem de Micheline em minha casa. Aconteceram muitos rompimentos subseqüentes a essa vinda, mas hoje posso afirmar que isso era necessário.

Após dois anos, eu pude reavaliar Micheline como uma amiga, como uma enviada do Coração de Jesus, portanto, a minha casa estará sempre de portas abertas para ela.

Ela uma senhora simples, pacífica e meiga. É totalmente devotada à sua missão que se sobrepõe à sua pessoa. Sua obra consiste em renovar a fé na presença de Jesus durante a Eucaristia e em fazer com que os homens se lembrem do quanto Deus os ama.

Dou graças a Deus por ter escolhido a minha casa para o acolhimento de seu Coração e para a celebração de sua Eucaristia.

Para sempre sejas bendito e louvado, Senhor!

Testemunho 7

Coração Acolhedor de Jesus dom do Pai Todo-Poderoso

Isabelle de Fontenay
Quebec, Canadá

Chegamos, nós quatro, em casa de Micheline Boivert, onde ela nos serviu uma refeição deliciosa. Já durante a refeição, Micheline sentiu os sofrimentos de J. que se intensificaram durante a recitação do rosário. Os sofrimentos que Micheline costuma viver quando se une à paixão de Cristo não são humanos, mas, de Deus. Por meio destes e do seu consentimento, o Espírito Santo atua com vigor para libertar as pessoas de tudo o que represente um obstáculo ao Amor de Deus. Após esse livramento, a alma se sente em paz. Quanto à Micheline, ela foi visitada pelo Senhor e caiu em repouso no Espírito.

Nesse instante, a Virgem nos deu sua mensagem, uma mensagem de amor que é um recado missionário para cada um de nós. Ela nos agraciou com sua bênção materna para nos convidar a dar o nosso “sim” ao Pai todos os dias, a fim de que, em nossos corações, brote esse amor filial próprio dos filhos de Deus e para que este reine em torno de nós e seja transmitido aos nossos irmãos e irmãs. Com grande amor e vigorosamente, a Virgem nos convidou para essa missão em prol do Coração Acolhedor de Jesus. Sim, ela confia em nós e nos sustenta ao assegurar a sua presença e a sua bênção materna. Além do mais, a Virgem nos disse como devemos agir. Primeiramente, pela oração, pois é através da nossa oração pessoal e com um coração aberto que a Virgem pode fazer “jorrar em nós a sua ternura e o seu amor”. Finalmente, apenas com esse amor poderemos amar incondicionalmente os nossos irmãos e irmãs da forma que a Virgem nos pede. Ela também nos diz: “se vocês soubessem o quanto eu os amo, chorariam de alegria”.

É incrível constatar que esses três jovens vindos da França, de volta de uma “terapia da alma”, lembravam a Santa Família por seus nomes evocativos: Miriam, Josefina e Cristóvão. Miriam já havia vindo no ano anterior, exatamente na mesma data, e foi através dela que eu pude conhecer Micheline Boisvert. Um ano se passou e ainda me é difícil alcançar o impacto desse encontro. Nesse impacto, há o visível – três viagens com Micheline a Boston, Rimouski e Guadalaja no México e o invisível – o trabalho do Espírito Santo que atua com força para purificar os corações. Como sempre diz Micheline: “A gente espalha a semente e o Senhor faz o resto”. E só posso ficar admirada, maravilhada, diante da multiplicação de graças e de frutos que o nosso pequeno empenho pessoal pode trazer através da missão do Coração Acolhedor de Jesus. Como diz nosso bom papa João Paulo II: “Não temam”. É o suficiente para entregar tudo a Deus, dar-lhe nossa confiança, nossa participação total à cruz para que Ele nos encha com sua alegria. Algumas semanas após esse encontro com Micheline, deu-se o retorno a Deus do nosso papa João Paulo II, o dia da Misericórdia divina, o que é um exemplo vivo desta passagem do Evangelho “Se ele (o grão lançado a terra) morrer, ele dará muitos frutos”.

Meu encontro com Micheline Boisvert foi um ponto decisivo para minha maturidade espiritual. Ela me fez sentir a proximidade dos Céus. Jesus, Maria e os santos do Paraíso estão sempre presentes ao nosso lado e esperam apenas por uma prece, por um gesto de amor de nossa parte para nos convidar a uma união mais intensa e mais íntima com o Senhor. Nunca nos esqueçamos de que esta união se realiza com força em cada Eucaristia. Tento ficar cada vez mais consciente disso e peço ao Senhor que aumente a minha fé.

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Testemunho 8

Coração Acolhedor de Jesus dom do Pai Todo-Poderoso

Testemunho de um padre para os meus irmãos padres Coração Acolhedor de Jesus dom do Pai Todo-Poderoso pela graça do meu sacerdócio

Conheci Micheline Boisvert em julho de 2002, por ocasião de sua vinda para a França, e tendo ouvido falar sobre o Coração Acolhedor de Jesus, quis conhecer, ver e compreender. Tive a oportunidade de ver, durante a celebração eucarística, o sofrimento que tomava conta de Micheline. Não compreendi perfeitamente o que se passava, mas percebi que algo importante havia acontecido. Pude falar com Micheline e ela me levou a descobrir que as possibilidades de Jesus agir na minha vida estavam me escapando e, alguns meses após encontros frustrados, outras realizações se tornaram possíveis por meio da intermediação de Micheline.

Sim, o Coração de Jesus confirmou que eu pertencia a Jesus na Igreja; quero clamar a todos os meus irmãos padres: àqueles que partiram ou que praticam de maneira superficial a sua devoção a Jesus; aos que não mais acreditam na Presença verdadeira de Jesus na Eucaristia, aos que não mais enxergam em seu bispo o Cristo avivado e pouco se importam com sua sensibilidade de Pastor. Vocês devem cultivar e reencontrar a graça do sacerdócio para que possam atender, de fato, ao apelo de Jesus que está compreendido no chamado do bispo.

Àqueles que estão desesperados, e àqueles que perderam a fé na Igreja e em seu sacerdócio, quero dizer claramente: “meus irmãos em Jesus, um oceano de Amor e de Misericórdia de Jesus os espera para fazê-los renascer, porém, sem o seu consentimento, Ele nada pode fazer”; posso afirmar apenas: “digam SIM a Jesus onde estiverem e confiem nele”; Ele escolheu o que há de mais frágil e é por isso que fomos escolhidos, e se não fomos capazes de Lhe permanecer fiéis, Ele permaneceu fiel a nós e tem nos aguardado, às vezes, durante uma vida toda. Mas, aos olhos do Senhor, mil anos são iguais a um dia, e pouco importa o tempo de vida que nos resta, basta saber da alegria que Ele tem a oferecer e basta viver segundo o dom da nossa vida que é a nossa consagração. Jamais tive a pretensão de fazê-lo bem feito; minha queda adveio principalmente da minha fraqueza e das minhas imprudências, da falta de obediência ao meu confessor, da falta de maturidade causada por uma formação muito superficial; mas pouco importa: eu quero testemunhar sobre a Misericórdia de Jesus.

Nunca quis me enganar e jamais pensei ser o dono da verdade. Apesar de minhas fraquezas, eu sempre pertenci a Jesus. Mas, a consciência de que se está vivendo uma falsa situação, às vezes, nos escapa: nem sempre percebemos se estamos do lado da verdade ou da mentira, ou mesmo, quando somos objetos da maledicência dos fracos e dos mais ignorantes. O elo com a Igreja me salvou; a aceitação das leis da Igreja, vivida como oferenda, apaziguou esse clima de culpa; a confissão regular e a missa quase cotidiana e o dom da minha vida a serviço dos sofredores guiaram minha vida, um pouco (muito, com certeza) como se Jesus e Maria Nossa Mãe do Céu tivessem me conduzido em cada momento de minha existência.

Gostaria de dizer a todos os meus irmãos e irmãs, cuja vida matrimonial foi um desastre: “O Coração Acolhedor de Jesus nos convida à humildade para que possamos receber a graça de perdoar as ofensas, possibilitando as reconciliações”; a recusa em perdoar nos faz prisioneiros de nós mesmos e, portanto, infelizes. O perdão nos leva ao Amor, esse amor que vem do Coração Acolhedor de Jesus. Agora que estou bem orientado, sei que TODOS - não importa identidade, situação, idade ou tendências afetivas - somos filhos de Deus, salvos pelo sangue de Jesus morto na Cruz, mas ressuscitado e avivado; todos nós percorremos esse caminho. Façamos do tempo perdido um tempo ganho; lembrem-se do obreiro da 11ª hora: ele recebe o mesmo salário que aquele que trabalha de dia. Adotemos a atitude de São Pedro, que não duvidou do amor de Jesus. Apesar de sua traição, Judas poderia ter sido como Pedro. Devemos verdadeiramente nos lamentar de nossa miséria, confessá-la e nos entregar à Misericórdia do Pai.

Ao terminar este testemunho, gostaria de dizer como é grande a noção do celibato; ele serve para todos.

 

  • 1- Certamente para a vida consagrada
  • 2- Como supremacia de Amor entre os casais, não como uma negação ao amor, mas como um complemento próprio desse amor, como é preciosa a noção de que fomos feitos para:
    O Amor – há em nossa sociedade muita confusão a esse respeito.
    O Céu – não haverá o homem ou a mulher, mas adoradores em espírito e em verdade.

 

OBRIGADA À IGREJA PELO DOM DO CELIBATO, ESTE NÃO ESMORECEU, MAS TALVEZ NÃO ESTEJA SENDO VIVIDO DE VERDADE, OU NÃO TENHA SIDO COMPREENDIDO.

Agora tenho um pedido: peçamos ao Senhor que nos dê Seus olhos, para que possamos enxergar o próximo através de seu Olhar, e não, com o nosso; que nos dê o seu Coração, para que amemos o nosso marido, a nossa esposa, os nossos filhos, a nossa família espiritual, a nossa comunidade com o seu Coração, daí haverá lugar para a confiança, para o perdão e o Amor reinará segundo o seu Coração; mesmo se isso demorar toda uma vida, valerá a pena: é dessa maneira que se habilita verdadeiramente. Graças aos Céus, o Coração Acolhedor me inspirou para que possamos recebê-lo, para a glória de Deus e para que tenhamos a verdadeira felicidade.

Que a Virgem Maria e São José nos ajudem a viver verdadeiramente a vocação de cada um.

UM CORAÇÃO SACERDOTAL...

Association Coeur d'Accueil de Jésus

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