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O Sentido da Palavra AcolhimentoPrimeiramente, deve-se entender que o termo “acolhedor” possui diferentes conotações, de acordo com o idioma para o qual é traduzido. Por isso, Micheline pediu ao Senhor que lhe indicasse a melhor forma de explicar o sentido da palavra “acolhimento”. O Senhor lhe respondeu que ela desse como exemplo o tipo de acolhimento e de amor que um pai e uma mãe têm por seus filhos durante toda a vida, proporcionando-lhes o necessário para que cresçam, tornem-se independentes e sejam felizes, nos planos material e espiritual. Essa é maneira com que o Senhor acolhe e ama cada um de seus filhos que fazem parte da missão de seu Coração Acolhedor, concedendo-lhes as graças necessárias para que cheguem ao Pai, pois um pai nunca abandona seus filhos por sua própria. A cada provação a ser atravessada, o Pai Celestial coloca à disposição de seus filhos um excedente de bênçãos, pois deseja que se voltem para ele. Tudo faz para que não se percam, como um bom pai e uma boa mãe que não permanecem indiferentes diante das tribulações vividas por seus filhos, mas que se utilizam de todos os meios possíveis para reconfortá-los, mesmo diante de grande decepção. Para aqueles que padecem imensamente por causa de seus pais, Deus diz: “Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? O Senhor ama e zela por cada um de seus filhos, de uma maneira única e pessoal. Tanto para os pais e as mães do mundo inteiro como também para ele, cada um de seus filhos é o mais belo de todos. Ao retornar à casa de seu pai, o filho pródigo recebeu amor e acolhimento (Cf. Lc 15,11-31); igualmente, não se deve esquecer de que Deus Pai é Todo-Poderoso e conhece a história de nossas vidas melhor do que nós mesmos e, ao cuidar de cada um de nós, seu acolhimento e amor são incondicionais e gratuitos. “...e vós, que eu carreguei desde vosso nascimento, Ele nos criou por amor e para o amor; e para o Senhor, cada um de seus filhos é único. Ele nos fala: “ Pois vou dei a conhecer tudo o quanto ouvi de meu pai.” (Joã 15,15). Como uma boa mãe, Maria nos pede que reconheçamos a dádiva do Coração Acolhedor de seu Filho, que nos concede os poderes das graças de seu Reino. Portanto, o Pai, o Filho, o Espírito Santo e o Coração Imaculado de Maria vêm em nosso socorro, ajudando-nos a atravessar este tempo de provações por meio do Coração Acolhedor de Jesus. O Coração Acolhedor de Jesus foi concebido no seio da Virgem Maria e ela sabe que o futuro da humanidade está na força desse Coração que contém todo o Amor do Pai, toda a sua Misericórdia e todo o seu perdão. Maria nos ensina que o Coração Sagrado de Jesus, seu Coração Misericordioso e seu Coração Acolhedor são um único Coração que foi trespassado em benefício de cada um de nós. É chegada a hora de aceitar que Maria opere em nossos corações, para que recebamos o Coração Acolhedor de Jesus, dádiva do Pai todo-poderoso, o Cristo, seu único filho e o Verbo de Deus, que é a expressão do Amor do Pai. Ao abraçar o Acolhimento de Jesus, através do poder do Espírito Santo, recebemos as bênçãos de nosso Pai Celestial e, ao abrir nossos corações para acolher essas bênçãos, obtemos a vida dos filhos de Deus: aquela que é constituída de seu Amor. Nestes últimos tempos de trevas, o Senhor tem derramado, dos Céus, os poderes das graças de seu Reino para que estes se manifestem em seus filhos e para lhes dar, ainda hoje, uma pequena amostra de seu Reino. “E quando eu for levantado da terra, atrairei todos os homens para mim.” , é o que Jesus nos prometeu (Joã 12,32). Não se deve jamais esquecer de que a missão do Coração Acolhedor é uma missão eucarística, para a qual o Senhor escolheu uma mãe de família, Micheline Boisvert, do Canadá, a quem ele curou, através do milagre, da esclerose múltipla, para que ela se unisse à sua Eucaristia e a fez passar pelos martírios de sua Agonia e de sua Paixão, e, dessa forma, purificou sua alma. Jesus nos disse: “...assim também aquele que comer a minha carne, viverá por mim.” (Joã 6,57) Assim, aquele que comunga habita em Jesus e Jesus habita nele. Essa não é, apenas, uma união afetiva, mas é, também, uma verdadeira e real união. Não se deve esquecer de que a Eucaristia recebida nos leva a permanecer na graça de Deus. “Junto de vós, Senhor, me refugio; Na missão do Coração Acolhedor, Jesus derrama os poderes das graças de seu Pai, para redimir, purificar, santificar e curar os seus filhos, e é ele quem os transforma, para que possam viver esse estado de renovação no Amor do Pai, na bondade e na santidade da Igreja, sob a condição de que a dádiva do Pai todo-poderoso seja aceita por cada membro da Igreja. Nosso Pai do Céu nos oferece o Coração Acolhedor de seu Filho que toma para si todos as nossas angústias. Junto a Jesus, à exemplo de Maria aos pés da Cruz, desnudemos os nossos corações para acatar a divina vontade de nosso Pai Celestial e para continuar anunciando a Boa Nova de Jesus Cristo para nossos irmãos e irmãs, por nossos atos, visões, entendimentos e palavras. Cristo possui apenas os nossos corações para manifestar o seu Amor e testemunhar, uma vez que recebemos as suas graças, que ele nos acolheu em seu Coração Acolhedor. Nas mensagens do Coração Acolhedor, Maria nos ensina que só é puro o Acolhimento de seu Filho, e, apenas ele pode derramar, com tanta pureza e força, as bênçãos de libertação e de livramento que nos preparam para a iminente vinda de seu Filho, no poder do Espírito Santo e de seu Amor. “Estai, pois, preparados, porque à hora em que não pensais, virá o Filho do homem.” Lc12,40
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